segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

"Poema De Sam Vokes"

Quando Sam Vokes falava eram poucos aqueles que ouviam.
Mas quando Sam Vokes escrevia eram poucos aqueles que não sentiam.
Adorava aquelas pessoas que viviam devagar.
E não precisava receber para poder dar.

Algumas das pessoas ofendiam-se com as suas poesias.
Mas isso revelava o seu acerto contextual...
Não passavam de pessoas vazias.
Que pensavam a ele ser igual.

O Vento correu o Tempo de forma gradual.
A sorte e o azar caminhavam lado a lado.
As suas tentativas de perdão foram a sua poesia gestual.
Mas o fracasso e o cansaço deixavam o velho abalado.

Quando se sentia triste sentava-se na areia da praia.
A olhar para o horizonte...
Paralelo a tudo que o atraia...
Sem que nada o confronte!

Pensamentos pensava, pensamentos largava...
Enquanto via os barcos desaparecer no fundo do sereno mar...
Que o faziam respirar e acalmar.






quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Quem ganha algo perde algo!

Porquê o sofrimento em vez da dor ?
Porque não posso eu ter quem quero, nem me dar a quem eu quero?
Porque não poderei mais tocar os seus cabelos loiros e comtemplar os seus lindos olhos?
Sinto-me perdido e sem sentido, mas por um lado isso faz-me sentir vivo, porque o meu coração só bateu uma vez, e ainda hoje bate pela mesma pessoa.
O amor que sinto, esta paixão que vivo sozinho, nasceu em mim e morrerá comigo.
Provavelmente já não te lembras de mim, provavelmente já não és a mesma pessoa. Não faz mal porque eu tambem não e mudar é bom...
A vida dá voltas e voltas e tudo volta ao que é...

Sofro mas não choro, porque o tempo não cura tudo mas tudo adapta.
Tu és Tu, eu sou eu. Em tempos fomos um.
Mas tudo foge, tudo desaparece.
Nunca te terei, mas tu serás sempre a minha alma...


Os caracois dos teus cabelos são perfeitos e a sua cor tão motivante.
A tua voz... Tão melodiosa, tão singular.
Os teus olhos? Meu Deus, azuis e profundos como o mais belo dos 7 mares!
A tua pele que é tão suave e quentinha...
E muito mais que poderia dizer...

Mas a saudade aperta e o coração retrai-se em memórias esquecidas por todos menos por ele próprio.

Tiraram-te de mim mas esqueceram-se de uma coisa minha que tu te esqueceste de devolver, o Meu Coração!
Mas agora também não o quero, será sempre teu boneca.

Mas tambem me lembro de todo mal que te fiz, por isso o meu sofrimento é totalmente justo e aceitavel. Mas confesso que gosto deste sofrimento so por ser por ti.

Enfim, este é mundo em que vivemos, não é totalmente justo mas é apenas um jogo...
Quem tem coragem segue em frente e talvez ganhe, quem perde e fica para trás, perde.


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

"Bella e o Mendigo"

Uma vez vestiste-te muito bem...
Passaste numa rua repleta de desdém.
Porém um velho te avisou.
De que a sua beleza podia não ser um bem.
Sendo assim tão vaidosa e orgulhosa.

Não ligaste e foste a essa festa.
Onde te encontraste com a disfarçada besta.
A noite foi longa e divertida.
Mas tu não sais-te de lá muito convencida.
Com o vestido vermelho rasgado.

Passaste novamente na rua dos mendigos.
Que até te tomaram por um deles.
Oferecendo-te pão e abrigo.
Recusaste por não passar de um homem reles.

Continuas-te teu caminho.
Anos depois o mendigo voltou.
Seguiu o teu caminho...
Estava perfumado e bem vestido.

Ele disse olá tu deste-lhe com a porta na cara.
O mendigo ficou fulo e chorou tudo que tinha de chorar
Insistiu porque queria dar-te uma carta.
Abriste a porta e envergonhaste-o publicamente profanando: mendigo.
Com a vergonha acabou por se enforcar...

Depois disso Bella recebeu uma noticia de que sua mãe tinha morrido.
E que o mendigo tentava alertar disso.
E agora Bella? Que foste fazer?
Arrependeu-se tanto que acabou pela voz perder.

Bella tu costumavas rir de todos que vagueavam sozinhos
Que acabaste por assinar a tua própria sentença de solidão.
Ao desprezares um mendigo com coração.
Que tentava avisar-te de algo que mais ninguém sabia.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

"Jardim de Mary Jane"

Em tempos passados perdi-me numa tremenda escuridão.
Precisava de encontrar um sitio para me refugiar.
Mas também precisava de uma permissão.
Para nesse local poder entrar e ficar.

Não havia nenhum esconderijo por perto...
E a escura estrada se abria diante da minha turva visão.
Até que algo me fez um aperto...
E me deixou curioso sobre aquela sensação.

No fundo da estrada estava um enorme portão.
Uma vez dentro não pûde sair...
Ela trancou-me no jardim do seu coração.
Ela trancou-me para eu não poder sair...

Mas querem saber a verdade?
Fui eu quem não quis sair..
Pois aqui no jardim de Mary Jane só existe boa fé e bondade.
Aprendi a somar e a subtrair...
Mas o mais importante foi o resumir...

Que toda esta história.
Não se trata duma história de glória.
Mas sim da simplicidade do jardim
Duma rapariga assim...

Pois apesar de contas, isto não é uma simples história.
Onde o cavaleiro salva a donzela...
Que espera a morte do dragão á janela...

É uma história onde uma jovem inocente.
Salvou um rapaz duma ilusão.
Guardando-o em seu coração...

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domingo, 16 de janeiro de 2011

"Scarlett"

Toda gente conhecia, mas toda gente se perguntava.
De onde viera aquela linda rapariga.
O seu nome era o mistério que ali narrava.
Estavam todos inquietos com aquela intriga.

Eram muitos mas nenhum tinha coragem.
Para perguntar o nome áquela linda rapariga.
Até que um jovem decidiu fazer uma abordagem...
E bradar uma bela cantiga:

"Luzes acendes com tal presença...
Mas eu não sei em que Deus pensava...
Quando sentenciou a tua nascença.
E te escolheu com tamanha diferença"

"Marcas o meu coração de forma intrigante...
Marcas o passo da vida de forma excitante...
Na tua presença sou um simples expectante.
Que adoraria saber o teu nome.
Pois não aguento mais olhar para ti hesitante"

Assim se acabou o canto, a rapariga sorriu.
-Scarlett.-revelou a rapariga assaz...
O sorriso não se conteve na boca do rapaz.
Que imediatamente com ela fugiu...
Para uma terra onde não havia mais ninguém.
Em busca do que juntos construiram: paz!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

“História de um Herói.”

Existiu uma existência…
E quando começou todos tinham uma divergência.
Mas quando acabou todos pediam inocência…

Ele não esperou.
E o mundo desabou…

Mas um dia o Herói sentiu uma emergência.
E desabafou…
Mas teve uma imprudência…
E tudo contou.
Nenhum segredo ele guardou…

A privacidade ele cortou.
Os amigos ele abandonou.
Tudo para tentar sobreviver.
Tudo para tentar viver…
Com a pessoa errada…
Que já corria com agua passada.

Ele vai se arrepender…
Ele vai se esquecer.
E talvez até vá…
Renascer!
Para tornar-se no que já não Há!

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“Actos e decisões são espelhos da nossa vida, reflectem realmente o nosso carácter…”

“O Despertar de Tommy.”

                        

Invoco os poderes das profundezas.
Invoco o poder do bem e do mal…
Invoco as mil naturezas…
Para me mostrarem o que é real.

Invoco o poder de Deus.
Para me guiar através desta escuridão.
Para me arrancar desta paixão.
E me dar forças no adeus.

Invoco o poder de Satanás.
Para me fazer esquecer.
O que ficou para trás.
E para a minha alma recolher.

Pensei ser como Adamastor.
Receado, mas lá no fundo inofensivo.
Reencontrei o meu sentido.
Agora que olhei para o espelho e vi uma ovelha como pastor.

Não serei mais comum.
Serei algo que ainda não soltei.
Como eu só existe um…
E nem Deus sabe quanto esperei.
Por esta grande oportunidade.
De mudar a mente da humanidade.

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“ A crença é a via rápida para a loucura.”

“Rotinas”

                                  

Fingir que está tudo bem.
Passear onde não está ninguém.
Não ter ombro para a minha cabeça encostar…
Ter asas e não poder voar.

Ver amigos partir
E seus passos não poder seguir.
Ouvir razões chorar.
E nada poder fazer para ajudar.

Enfrentar todos estes problemas.
Requer muita paciência…
Requer muita consciência.
E tentar não entrar em dilemas.

Ver as lágrimas do próprio rosto cair.
Escutar o sofrimento do melhor amigo prevalecer.
Tocar-lhe nas mãos e sentir.
Que nada podemos fazer para socorrer.

São merdas que acontecem.
E nada se faz para evitar…
São merdas que prevalecem…
Sendo necessário força e coragem para as ultrapassar.

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“A sociedade perdeu o objectivo de qualificar os adjectivos de quem não os merece.”

“Anjo no Inferno”

                            

Aqui as pessoas acusam em vez de perguntar.
Aqui as pessoas batem em vez de acariciar.
Fazem-me ter vergonha de olhar no espelho.
Fazem-me ter vergonha de mim mesmo…

As pancadas são o mal menor.
Pois atenuam o subconsciente da dor.
O olho fica pisado.
Aqui fazem-me sentir um verdadeiro animal.

Não gosto deste sítio.
Tratam-me muito mal…
Fazem de mim um mero animal.

O olho continua pisado.
A vergonha continua dentro de mim.
Mas imagino-me um dia passeando num belo jardim…
E todo mal será vingado…

Não me lembro de como tudo chegou a este ponto.
Só sei que quando chega a hora do confronto
Sou eu quem sofre por todos…
Mas continuo na esperança que um dia me ouçam.
E que comigo também sofram.

Nunca dei um orgulho a ninguém.
Mas também nunca me deram uma oportunidade para ser alguém.
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“Por vezes a raiva e o ódio não são suficientes para transformar problemas em cinzas.”

”Cegueira”

                                  

Olho no espelho e vejo uma coisa desfigurada.
Não me lembro de como eu era.
A minha imagem encontra-se um pouco atenuada.
Devido ao horror instalado no seio da atmosfera.

Existe algo á minha frente.
Que eu não consigo ver.
Existe algo que eu tenho de dizer.
Para moldar a tua mente.

Eu simplesmente escrevo porque gosto.
Que Deus lhe chame estupidez ou ironia.
E que Satanás considere ilusão ou fantasia.
Serei sempre o sentido oposto.

Agora travai essa espada.
Que ao meu punho está agarrada.
Não sou o rei, sou uma simples pessoa…
Por isso é que passo esta pesada coroa…

Não temo o calor do Fogo Ardente
Sinto que este sentimento de culpa é verdadeiro.
Infelizmente antes de mim já houve um primeiro.
Que me fez ficar completamente doente.
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“O dia numa vida é uma linha numa camisola…
Isolada é inútil…
Todas juntas forma algo quente e confortável…”

“Poema de Amor”

Quando te encontrei.
Depressa percebi que eras parte do meu mundo.
Foi a ti que eu ajudei.
Arrancaste-me lá do fundo.
Dizer que te amo é a minha penitência.
Contigo já não me sinto perdido.
Beijar-te é a minha essência.
Contigo reencontrei o meu sentido.

És o meu movimento.
Contigo não existe algo como negação.
E eu adoro este sentimento.
Que perdura no meu coração.

És a minha pérola.
És o meu jazigo.
Limpaste a minga nébula.
Da qual envolto fui crescido.

Tu és lendária.
O teu espírito é magnifico…
Os teus olhos azuis e lindos como o Pacifico.
As curvas do teu corpo perfeitas…
E tão bem feitas.

A tua boca é tão suave.
A tua alma uma bondade.
Por isso provocas-me muita saudade.

Não gosto de magoar.
Mas não te consigo superar.
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“Só um homem verdadeiramente apaixonado pode escrever o conceito de amor, pois o seu sofrimento é constante e contrasta em perfeição com a sua felicidade interior.”

“Pai Natal”



Querido Pai Natal.
Eu sei que sou mau rapaz.
E que por vezes me porto mal.
Mas quero pedir uma coisa que só você parece capaz.

Queria pedir que me trouxesse uma vida diferente.
Ai como eu gostava de chegar a casa e ter um embrulho.
Recheado de alegria para seguir em frente.
E sorrir alegremente sem este perturbador barulho.

Querido Pai Natal sabes quantas lágrimas chorei.
Quando me disseram que não existias?
Uma a uma não as contei.
Mesmo assim não falhes pois em ti confiei…

E só para veres, acredito mais em ti que em mim.
Pai Natal posso fazer uma pergunta?
Porque é que os outros meninos são diferentes de mim?
Pai Natal respondes á minha pergunta?

Se me ajudares prometo que não choro mais.
Mas tens que me arranjar novos pais…
Estes conhecem melhor os vizinhos do que a mim próprio.
Pai Natal a minha felicidade depende de ti.
E não posso viver mais…

Espero que eles não tenham razão…
E que tu me ajudes de verdade.
Deposito em ti também muita honestidade.
Agora não me vais deixar sozinho pois não?

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“Poema Fúnebre.”

                            

Faz algum tempo que não vejo a tua face
Partiste, deixaste-me sozinho.
Deixaste-me a pensar que sou fraco e que não consigo.
E não avisaste como se isso não bastasse.

A mim apenas deixaste lembranças.
Deixaste muita saudade.
Acabaram as esperanças.
Porque tirar-te ao mundo foi uma crueldade.

Estou aqui sem ti amigo.
Mas continuas presente nos meus sonhos.
E não te preocupes, aqui todos te acham querido.

Estou aqui sem ti rapaz.
Ajuda-me e envia um sinal.
Para eu acreditar que sou capaz.
Para me dizer que não foi o final.

Estarás sempre aqui.
Gostava de viver contigo a meu lado.
Não queria fazer de ti meu passado.
Pois contigo eu aprendi, sorri e vivi.

Deixaste uma vaga recordação.
De alegria e felicidade.
E esse pormenor guardo bem no meu coração.
Tudo o resto perdeu a finalidade.

Pode ser tarde para te dizer “Olá”
E tarde para te dizer que não te quero perder.
Mas é o momento certo para te dizer.
Que de ti todo mundo se recordará.

“ V de Vingança.”

A Vingança sabe bem.
A única maneira é a outra maneira.
És quem?
Irás presenciar mesmo que a tua vontade não queira…
Só por me teres pegado a maldita cegueira…

A Vingança sabe bem…
Por vezes alivia o sofrimento.
Por vezes alicia o arrependimento…
Mas a Vingança sabe bem…

Estes são os bons ingredientes:
Ódio, lágrimas sofridas e escárnio.
Se esses não forem suficientes…
Junta-se um pouco de amor imaginário.
E tudo correrá espontaneamente.

Carinho, paixão e esperança.
Não existem no mundo da Vingança.
Não se acanhem ao sentir tal.
É um acto comum até praticado pelo Sobrenatural.

A Vingança sabe bem…
Só temos de magoar alguém…
Depois o esforço será compensado.
Se correctamente for pensado.

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“V de Vingança é correcto. \ representa o amor, / representa o ódio.
O ponto central é o começo da separação.”

“…E…Mas… Grande Amigo.”



Grande amigo é difícil de ter.
Grande amigo é difícil manter.
Grande amigo é fácil desaparecer.
Simplesmente não dá para salvar.
Mas grande amigo é difícil, impossível esquecer.
E apenas com o tempo a nossa alma consegue arrastar.
Com algo tão difícil de compreender.
Também visto que é perda de tanto tamanho.
Importante é nisso não pensar.
E é com esta dor que me acanho.
Olho para o Céu…
Vejo anjos prezar…
Estão dentro de pequenas casas.
E então quando desce o magnifico Véu…
Eu bato as minhas asas.
E simplesmente eu vou…
Vou tentar descobrir quem sou.
Dizendo…
Estou condenado.
Não posso lutar.
Estou cansado.
Mas não posso descansar.
Deus fala, fixando o seu olhar em mim:
“-Meu eterno filho.
Isto não tem de ser assim.
Limita-te a seguir o teu trilho.
E garanto que para ti não haverá fim.”
Tempos seguiram com o crescer do milho…
Hoje, sou algo que ele não queria.
Amanhã serei algo que ele á muito não via.
Tudo isso começou quando acabou.
Apenas não continuará como ficou.
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“Carta que escrevi enquanto dormia.”



Enquanto a noite passava…
No meu sonho alguém ditava palavra a palavra
Por isso aproveitei e escrevi uma carta para ti.
Aproveitei e escrevi o quanto gosto de ti…

Por favor lê a carta que escrevi enquanto dormia.
Com a consulta profunda dos anjos do teu dia-a-dia…
Com isto consegui fugir ao desespero.
E agora é por ti que tanto espero.

Enquanto espero, escuto o coração pensativo.
Tocando-te no seu intimo imaginativo.
Pois outrora pensei amar-te parcialmente.
Hoje noto que foi completamente…

Fui contigo a um lugar.
A sonhar, navegar.
Custou tanto que me fez suar.
Lá só chegava quem não tinha medo de naufragar…

Podem-me acusar de insanidade.
Podem-me acusar de errar.
Podem até acusar-me de ser uma pessoa errada.
Mas nunca me poderão acusar de não te amar.


                                                           03\09

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“Gato Ferido”

                            

Na beira de uma enorme estrada…
Que se situava no meio do nada…
Estava um gato ferido que miava.
Mas ninguém o ajudava.

Até que um dia, uma pequena menina o achou e tentou pegar.
Mas o gato ferido bufava…
Tomado pelo medo daquela estranha que o tentava ajudar.
Ela bem tentava, mas ele arranhava.

A menina estava muito determinada.
Em ajudar o gato ferido que miava.
E então pegou nele a todo custo.
O gato assustado arranhou e quase a cegava…

A menina largou e chorou…
Aquele choro sua mãe chamou.
Que muito irritada veio.
E matou o gato com uma pancada em cheio…

Pobre gato ferido.
A rapariga achou-te muito querido.
Mas ao tentares defender-te de quem ajudava
Acabaste por cair na inocência de ser um pobre gato ferido…

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“Quando estamos feridos, temos a tendência de magoar pessoas que nos tentam ajudar. Tudo isso em legitima defesa, tal e qual os gatos.”

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

“A Rapariga dos Castelos de Areia.”

          

Há dias em que somos os melhores…
E noites em que somos os piores…
Agora vale a pena perguntar.
Se o vento irá recordar.
Todos os nomes que soprou no passado.

Na praia vemos castelos feitos de areia.
Mas e o que foi feito de nós os dois?
É então que os castelos desabam na maré cheia.
Como que se da cama tirassem os lençóis…

E o vento chora…
Chora porque sabe que o fim é agora…

O que é feito daquela rapariga feliz e audaz.
Que sonhava ser alguém?
Mas que quando toda gente pensava na inverosímil paz.
A felicidade traiu-te com a crueldade.
E crueldade que julgamos não ser capaz.
De trocar a faceta e tornar-se infelicidade.

No fim o vento soprará.
Pelas vanidades e futilidades…
No fim o vento soprará.
E só ela escapará…

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“A felicidade e a tristeza são duas irmãs gémeas que apesar de não se conhecerem muito bem, andam sempre de mãos dadas.”

“Querer é desejar.”

           

Ontem foi á mil anos.
O amanhã é já hoje.
O relógio faz tique-taque.
E nós apenas desejamos aquilo que invejamos.

Serão as certezas?
Ou as decisões resolutas?
Que nos fazem tanto querer
Tudo aquilo que não podemos ter.

As mãos parecem ganhar vontade própria.
Sentimos uma sensação algo insólita.
E depois disso vem a tentação…
Que pode ser seguida pelo sucesso, ou pela negação.

O nosso redor começa então a minguar.
Coisas partem-se, coisas desaparecem.
Decisões parecem anjos com asas de prata…
Cujo reflexo subitamente nos mata.

No sucesso pequenas coisas insignificantes.
Precisam de carinhos participantes.
No sucesso são anjos com asas de ouro.
Que nos encantam e dão valor ao recém chegado tesouro.

Desejar é querer…
Querer é esperar…
Desejar é tentar…
Tentar é não esquecer…
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 “Desejar é saudável pois estimula o nosso mental.”

“A Pequena Fada Vermelha”

                         

Tanto tempo depois voltei a ver a fada vermelha.
Que se disfarçava na pele de uma irritante fedelha.
Pequena fada vermelha o que te fizeram.
Prenderam-te mesmo depois do que contigo aprenderam.

Ainda eu era jovem quando nasceste.
Mas ainda vieste a tempo.
Ainda eu era jovem quando apareceste.
Mas não podes ser de ninguém, tornou-se passatempo.

Nunca disseste nunca…
Mas também nunca me tiraste desta espelunca!
Pequena fada vermelha.
Não me julgues pelo que fiz á fedelha.

Irritou-se o velho desnorteado…
Berrou-se um fado mal falado.
Mas tu nunca reagiste fada vermelha.
Estavas demasiado concentrada nesse manjar opíparo.

Ainda eu era jovem quando nasceste…
Mas ainda vieste a tempo…
Ainda eu era jovem quando apareceste…
Pequena fada vermelha no tempo opulento…

“Gaivota Branca”

                                

Tu que voavas de uma maneira feliz e elegante.
Porque paraste de voar?
Perdeste o teu cavaleiro andante?
Pois então não pares de lutar.

Gaivota Branca
Tu que eras um exemplo para todos nós
Porque deixaste de ser a nossa esperança?
E nos deixaste de oferecer a tua voz?

Choraste mas ninguém te ouviu.
E se alguém te viu…
Que te ajude porque mereces.
Que alguém te ofereça o carinho do qual careces.

Gaivota Branca
Salva-te desse mundo de depressão.
Não largues mão dessa lembrança…
E não acredites na tua desilusão.

Gaivota nunca mais desejes morrer.
Abre as asas e vive.
Porque eu não tenho forças para te perder.
Visto que eras uma amiga como nunca tive.

Nunca mais deixes de voar…
Nunca mais deixes de acordar…
Cumpre esse teu dia-a-dia.
Vagueando pela praia vadia.

E finalmente ao luar.
Sua gaivota sereia.
Podes finalmente sonhar.
Deitada nos braços do Homem-Areia.
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"Pessoas especiais merecem coisas diferentes."

“A paixão do cego”

                                   

Ele queria estar perto dela.
Mas tudo que podia era olhá-la com o coração.
Ele queria estar perto dela…
Mas tudo que podia era tocá-la na sua imaginação…

Seu coração chorava por simpatia.
As suas mãos tremiam por ignorância…
O seu coração implorava por empatia.
Mas nem tudo era o que parecia.

O sorriso dela parecia no mínimo perfeito.
Mas se ao menos ela o olhasse.
Tal como ele a contempla com respeito
Para que o sentimento perdurasse.

Cabelos louros como o mais belo prado alentejano.
Sua face foi pintada no Céu, numa das telas de Deus…
E sem ter nada disto preparado.
Rezo para que pensamentos nunca sejam seus…

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“Anne Pereyra”

Anne Pereyra vagueava alegremente.
Por avenidas estreitas…
Dentro de ruas perfeitas…
Anne Pereyra desfilava excitantemente.

Anne Pereyra é uma adolescente que trabalha com o coração.
Pois nunca solta o acto pensando ser em vão.
Sorriso carinhoso, jeito delicado.
Muralha de felicidade para evitar o mal praticado.

Para quem não sabe é uma rapariga simples.
Cuja idade ninguém precisa dizer
Já que mentalmente dá o ar de quem anda nos “vintes”.
E cujo físico serve apenas para poder viver.

Certamente que existem várias Anne Pereyra.
E isso parece-me gratificante de alguma maneira…
Pois apenas uma não sabe e tem certeza que vai ser alguém.
E que aconteça o que acontecer, será sempre uma pessoa de bem.

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“Por vezes duas simples palavras chegam para manter uma relação de amor ou amizade… “Olá” e “Adeus”.

“O carinho da Eterna Natureza”

O Tempo passa apressado.
A Natureza espanta-se e diz:
-Porque corres tu Tempo Amaldiçoado?
-Corro porque guardo fé de acabar o que nunca fiz.

O Tempo passa endoidecido.
A Natureza chora e fala:
-O que foi que nunca fizeste Tempo Perdido?
-O meu erro foi prestar atenção a quem se cala…

O Tempo pára por opção.
A Natureza chora por convicção.
-Não chore Imaculada Natureza!
-Está bem. –Respondeu a Velha com firmeza.

O Dia está cansado e o Sol quer dormir.
A Natureza fecha as persianas e começa a sussurrar…
Então a noite começa a cair.
E com a sua beleza tudo começa a encantar.

Com os seus longos e encaracolados cabelos escuros.
Ela varre as folhas dormentes no chão, tornando os caminhos obscuros.
E com os seus olhos profundos.
Absorve a luz que divide os dois mundos…

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“A Mente Humana foi concebida para dar visão aqueles que não nasceram destinados a ver.”

“Perfeição e Vanidade”

                             

Há dias em que a gente acorda e se senta em cima da cama.
E a vida passa toda em frente dos nossos olhos.
Algumas imagens distorcidas, outras só um bocadinho.
E é daí que aparece a inspiração para a poesia.
São dias em que só existe melancolia e vanidade.
Lembranças de um passado já longe.
Que insiste nos lembrar de coisas que já esquecemos.
Coisas de tamanha simplicidade…
Como a paixão que um dia nos tirou a seriedade.
A traição que foi provocada pela saudade.
Então eu escrevo.
Para tentar livrar-me desses fantasmas.
Mas ainda não percebi.
Como podemos nós esquecer coisas.
Que não soubemos realmente…

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“Incrível a forma como uma gota de amargura pode transformar um copo de amor num copo de ódio.”